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Desejo a vocês... Fruto do mato Cheiro de jardim Namoro no portão Domingo sem chuva Segunda sem mau humor Sábado com seu amor Filme do Carlitos Chope com amigos Crônica de Rubem Braga Viver sem inimigos Filme antigo na TV Ter uma pessoa especial E que ela goste de você Música de Tom com letra de Chico Frango caipira em pensão do interior Ouvir uma palavra amável Ter uma surpresa agradável Ver a Banda passar Noite de lua cheia Rever uma velha amizade Ter fé em Deus Não ter que ouvir a palavra não Nem nunca, nem jamais e adeus. Rir como criança Ouvir canto de passarinho. Sarar de resfriado Escrever um poema de Amor Que nunca será rasgado Formar um par ideal Tomar banho de cachoeira Pegar um bronzeado legal Aprender um nova canção Esperar alguém na estação Queijo com goiabada Pôr-do-Sol na roça Uma festa Um violão Uma seresta Recordar um amor antigo Ter um ombro sempre amigo Bater palmas de alegria Uma tarde amena Calçar um velho chinelo Sentar numa velha poltrona Tocar violão para alguém

FELIZ NATAL!!!!

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Hoje é a noite de Natal... E, no Natal, costumamos nos sensibilizar mais um pouco. Desaceleramos. Paramos. Recolhemo-nos em nós, em nossa família. Olhamos um tanto mais para fora. Saímos de nós próprios... No Natal, fazemos caridade. Desejamos mudanças. Enchemo-nos novamente de esperanças. Presenteamos, de alguma forma, quem amamos... O Natal é nascimento. Para a maioria de nós ocidentais, o nascimento de Cristo. Mas, o que é o nascimento? Como ele se dá? Qual o seu sentido? Sim, porque antes do nascer há silêncio. Há sossego. Há espaço para dois, ou três, ou mais... Há semente. Há sonho. Há esperança. Há o compartilhar. O dividir. O somar... Há o alinhar com o outro, com a vida, conosco, para depois nascer. Concretizar. Florescer! O nascimento não é inconstante. Nem repentino, nem acaso. Nem casual. Não! Para nascer, há antes um hiato. Prólogo. Antelóquio. Ensaio. Gênese. Há o interstício. Aquilo que existe antes da palavra. Pouco antes da ação. Antes do nascime

ENCONTRE-SE ANTES DE ENCONTRAR O AMOR!

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Recorrentemente, sou procurado por pessoas que trazem como queixa seus relacionamentos amorosos. Após algum tempo de relação – já quando a flecha de Eros perdeu a validade – relatam sentirem-se sozinhos, infelizes, insatisfeitos, convenientes, incapazes, inseguros, entre tantos sentimentos implicados no contato com o outro. Geralmente, reiteram relacionamentos abusivos, com alto impacto individual tamanho a intensidade das emoções vividas. Como que por uma escolha desmedida, na ânsia de completar o que lhes faltam, depositam suas ilusões no outro e se mantem, ambos, presos numa relação vazia, sem complementariedade e sem alteridade, e, em geral, com grande dependência e resistência ao término. Por alguma razão desconhecida, mesmo sentindo-se insatisfeitos e infelizes buscam manter a relação que está fadada ao fim. Mais tarde, quando altamente sofridos e amargurados, se permitem olharem para si mesmos e percebem-se presos numa trama insalubre, difícil de se romper e que, muitas veze
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Regando nosso Jardim... Num mundo onde somos colocados constantemente à prova; onde os valores materiais suplantam os espirituais, e perdemos a conexão com o sagrado; onde andamos acelerados em busca da próxima meta, seja ela qual for; onde nossos antepassados são deixados relegados a segundo plano como nossos próprios pais; onde as crianças seguem desoladas rumo ao próximo cuidador; onde a reunião familiar já não existe mais e a comunicação emudecida; onde nos resta a conexão é realizado com o que habita fora nós; onde prevalece as crises de ansiedade e das relações amorosas mal sucedidas; onde o privado vira público e entorpece a “normalidade”... São muitos nossos motivos atuais que nos levam, regularmente, ao desencontro de nós mesmos. Mais do que emantar um novo coro do que acontece ao lado de fora de nossa vida, pois isso se tornaria repetitivo, creio que chegou o momento do questionamento (e reflexão) acerca de quem estamos nos tornando. Agostinho, pensador do século V

BOAS FESTAS!!!!

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Caros(as) companheiros(as)! Mais um ano vai chegando ao fim e, com ele, todo percurso que arduamente empreendemos. Caminhos conhecidos, novas experiências, constantes aprendizados... E aqui estamos nós! Nossa vida é assim: uma contínua luta com a totalidade que nos habita, dentro e fora... Ciclos ininterruptos com a intenção de buscarmos novo sentido. Parafraseio Nietzche:  "A questão não é qual o sentido da vida, a questão é quantos sentidos você dará a sua vida.” Sendo assim, minhas palavras buscam o meu próprio sentido, tudo aquilo que mais valorizo em meu percurso e que não seria possível sem sua existência. Talvez, minha sincera alegria e profunda gratidão possam representar essas poucas palavras que, com sentido, aqui escrevo. Vivemos momentos de grandes instabilidades no transcorrer do ano. Nosso país passou, e ainda passa, por um importante processo de transformação, incluindo o cenário político-econômico. Porém, como poucos dizem, é exatamente na crise, ou

Para estar com o outro - Parte 1: A (des)construção da confiança

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Adentrei propositalmente o ambiente. Havia um alegre sussurro por lá. As mesas estavam dispostas uniformemente. Uma suave música tentava chamar os clientes para além de suas próprias vozes. E. também, havia o cheiro. Por sorte sobrara uma mesa, sincronicamente esperando por mim. A vista era fantástica, permitia-me ver a todos. Porém, desta vez, estava concentrado em mim, afinal estava sozinho. Não me demorei em escolher meu prato, tamanho o desejo de meu corpo. Tristemente meus olhos percorreram novamente o ambiente e lembrei-me de conversas com meus pacientes, onde salientava a importância da solitude. Lá estava eu novamente... Contatei meu celular e logo estava lendo uma interessante crônica onde falava da construção amorosa. Estava envolvido com a repercussão do tema após uma longa conversa no dia anterior. Algumas interessantes vontades começaram preencher espaço dentro de mim a cada novo parágrafo que lia. Entre um espaço e outro, permitido pela leitura, vozes ao meu lado se fa

Perda Inexiste!

Faz alguns anos que me afastei propositalmente de meus escritos, afastando-me, assim, de mim mesmo. Hoje, por alguma interessante razão, o dia amanheceu diferente, mesmo eu abominando as temperaturas mais frias do ano. Logo percebi que voltaria a escrever, o que faço agora... É redundante dizer que as experiências nos trazem amadurecimento... Porém, os últimos anos constataram veemente essa premissa: algo em mim cresceu diferente! Com caráter singular tomou forma distinta, nada anódino e absolutamente não-insípido. Sempre é muito complexo definir um sentimento por inteiro...  Rico, porém, é percebê-lo por entre os dedos: um interstício. Percebê-lo entre algo que paira como sonho e o que se mostra tragicamente na realidade. Percebê-lo como algo que desvela no instante súbito entre a imaginação e a ação. Sendo assim, aquilo que se quer e o que, de fato, se é. Lembro-me de Fernando Pessoa: "O que me dói não é  O que há no coração   Mas essas coisas lindas   Q