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Mostrando postagens de 2017

FELIZ NATAL!!!!

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Hoje é a noite de Natal... E, no Natal, costumamos nos sensibilizar mais um pouco. Desaceleramos. Paramos. Recolhemo-nos em nós, em nossa família. Olhamos um tanto mais para fora. Saímos de nós próprios... No Natal, fazemos caridade. Desejamos mudanças. Enchemo-nos novamente de esperanças. Presenteamos, de alguma forma, quem amamos... O Natal é nascimento. Para a maioria de nós ocidentais, o nascimento de Cristo. Mas, o que é o nascimento? Como ele se dá? Qual o seu sentido? Sim, porque antes do nascer há silêncio. Há sossego. Há espaço para dois, ou três, ou mais... Há semente. Há sonho. Há esperança. Há o compartilhar. O dividir. O somar... Há o alinhar com o outro, com a vida, conosco, para depois nascer. Concretizar. Florescer! O nascimento não é inconstante. Nem repentino, nem acaso. Nem casual. Não! Para nascer, há antes um hiato. Prólogo. Antelóquio. Ensaio. Gênese. Há o interstício. Aquilo que existe antes da palavra. Pouco antes da ação. Antes do nascime

ENCONTRE-SE ANTES DE ENCONTRAR O AMOR!

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Recorrentemente, sou procurado por pessoas que trazem como queixa seus relacionamentos amorosos. Após algum tempo de relação – já quando a flecha de Eros perdeu a validade – relatam sentirem-se sozinhos, infelizes, insatisfeitos, convenientes, incapazes, inseguros, entre tantos sentimentos implicados no contato com o outro. Geralmente, reiteram relacionamentos abusivos, com alto impacto individual tamanho a intensidade das emoções vividas. Como que por uma escolha desmedida, na ânsia de completar o que lhes faltam, depositam suas ilusões no outro e se mantem, ambos, presos numa relação vazia, sem complementariedade e sem alteridade, e, em geral, com grande dependência e resistência ao término. Por alguma razão desconhecida, mesmo sentindo-se insatisfeitos e infelizes buscam manter a relação que está fadada ao fim. Mais tarde, quando altamente sofridos e amargurados, se permitem olharem para si mesmos e percebem-se presos numa trama insalubre, difícil de se romper e que, muitas veze
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Regando nosso Jardim... Num mundo onde somos colocados constantemente à prova; onde os valores materiais suplantam os espirituais, e perdemos a conexão com o sagrado; onde andamos acelerados em busca da próxima meta, seja ela qual for; onde nossos antepassados são deixados relegados a segundo plano como nossos próprios pais; onde as crianças seguem desoladas rumo ao próximo cuidador; onde a reunião familiar já não existe mais e a comunicação emudecida; onde nos resta a conexão é realizado com o que habita fora nós; onde prevalece as crises de ansiedade e das relações amorosas mal sucedidas; onde o privado vira público e entorpece a “normalidade”... São muitos nossos motivos atuais que nos levam, regularmente, ao desencontro de nós mesmos. Mais do que emantar um novo coro do que acontece ao lado de fora de nossa vida, pois isso se tornaria repetitivo, creio que chegou o momento do questionamento (e reflexão) acerca de quem estamos nos tornando. Agostinho, pensador do século V